Palestra: Influência da nutrição sobre o risco de desenvolvimento da neoplasia de mama.
Dr. Rafael Occhiuto
O tema abordado pelo referido palestrante demonstra mais uma vez o papel fundamental que o nutricionista desempenha dentro das equipes interdisciplinares. Sendo uma das neoplasias mais comuns entre as mulheres, a neo de mama. Dr. Rafael chamou a atenção para um dado importante, de que: “85% das pacientes com neoplasia apresentarão certo grau de desnutrição”; isto devido ao “parasitismo” que as células neoplásicas exercem em nosso organismo. Além disso, vários outros fatores estão implicados com a desnutrição, tais como: saciedade precoce, odinofagia, estomatites, disfagia, perda dos dentes, entre outros. Outro ponto apresentado pelo palestrante foi da tríade NUTRIÇÃO x ATIVIDADE FÍSICA x COMPOSIÇÃO CORPORAL, que desempenha importante papel na prevenção da neo de mama e outras doenças crônico degenerativas.
Maurício Pereira Gouvinhas, Biológo
Dra. Laís Alibert abordou
em sua palestra “Gorduras poli-insaturadas: quebrando mitos” as características
físico-químicos dos óleos e gorduras, desmistificando alguns conceitos, que são
erroneamente transmitidos pela população. Apresentou a
importância da inserção de lipídeos na alimentação, por sua participação
essencial na produção de hormônios, composição de membranas celulares, controle
da temperatura corporal, benefícios relacionados à melhora da atividade cardiovascular,
melhoria da elasticidade de membranas e inclusive associação com benefícios
para o aspecto cognitivo dos seres humanos.
É papel do
nutricionista orientar aos seus clientes/pacientes as diferenças entre gorduras
mono, poli-insaturadas, saturadas e trans, uma vez que a população possui
conhecimentos errôneos sobre este tema e os lipídeos são a principal classe de
nutrientes discriminada nas dietas realizadas pela população, sendo retirada sem
a devida orientação. Ressalta-se, entretanto, a importância do consumo adequado
de lipídeos e a relevância da educação nutricional nesta etapa.
Dra. Laís
apresentou ainda estudos que demonstraram a falta de conhecimentos da
população, onde alimentos de origem vegetal eram classificados pela mesma como
fontes de colesterol, como, por exemplo as margarinas. Outro ponto importante a
ser destacado foi o artigo científico sobre peixes brasileiros, apresentando-os
como fontes de ômega-3, não havendo a restrição somente aos peixes de águas frias
e profundas. Por fim, deixamos dois artigos científicos abaixo para leitura
complementar, relacionados com o tema aqui explanado.
Karina Nunes de Simas
Nutricionista
Mestre em Ciência dos Alimentos - UFSC
Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional
Aprimoranda em Unidades Produtoras de Refeições - SINESP
A palestra da Dra. Erika Christina abordou o tema fichas técnicas de preparo como uma ferramenta essencial para a otimização em Unidades de Alimentação e Nutrição (UANs). Dentro deste tema explanou sobre os procedimentos a serem seguidos como e sobre os objetivos desta ferramenta: instrumento de padronização, controle de qualidade, desperdício, custos e programação de compras, além de facilitar a atividade de capacitação de funcionários envolvidos na elaboração das receitas. Exemplificou um modelo de ficha técnica e os aspectos importantes a serem considerados durante sua elaboração. Como artigo complementar para leitura sobre este tema, destacamos: “A ficha Técnica de preparação como instrumento de qualidade na produção de refeições”, conforme consta abaixo.
Sílvia Marques de Lima
Nutricionista responsável técnica pelo Lar das Moças Cegas
Na
palestra do Prof. Giordano foram discutidas várias questões correlacionadas a
BPF, onde a busca pelo aperfeiçoamento da qualidade dos alimentos, por
exigência dos clientes, aumenta a procura por sistemas que possam
proporcioná-la e que sejam efetivos não só no quesito sanitário, mas também na
redução de perdas e no aumento da competitividade. Os sistemas APPCC e BPF vêm
ao encontro da satisfação dessas exigências, sendo programas que têm como
filosofia a prevenção e visam não desperdiçar os investimentos já feitos em
outros programas. Sugerimos como leitura complementar a palestra o artigo “SISTEMA APPCC (ANÁLISE DE PERIGOS E PONTOS
CRÍTICOS DE CONTROLE) DE ACORDO COM A NBR ISO 22000” dos autores Samira Luana de Paula e
Mauro Antonio da Silva Sá Ravagnani que de forma clara e objetiva discute que “Garantir
a inocuidade dos alimentos é tarefa obrigatória das indústrias. O sistema APPCC
(Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle) traz uma série de benefícios
para as empresas neste sentido. Dentre eles, pode-se citar: Garantia da
segurança de alimentos, diminuição de custos operacionais, redução de Recall e
reprocessamento, diminuição de testes nos produtos acabados, redução de perdas,
maior credibilidade e competitividade e atendimento à legislação. Porém, na
prática, a maioria das empresas possui o plano APPCC apenas para atender as
exigências da legislação, e não o implanta de fato. Outro agravante é a
utilização de planos não personalizados, utilizando dados prontos e pouco
eficientes para a indústria em questão."
Gláucia Cristina Conzo
Nutricionista do SESI – Serviço Social da Indústria
Pós graduanda em Educação
Pós graduanda em Segurança Nutricional e Qualidade dos alimentos
Especialista em Saúde Coletiva pela ASBRAN
Aperfeiçoamento em Geriatria pela UNIFESP