NutriSaúde

Valores: Ênfase na interdisciplinaridade.

NutriSaúde

Valores: Ética, integridade e responsabilidade na discussão e difusão de conhecimentos.

NutriSaúde

Valores: Transparência nas relações.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Comportamento alimentar e os significados dos alimentos

     O avanço na ciência da alimentação e nutrição tem tornado-se constante nos últimos anos, e estes estudos geram resultados que devem ser usados para a melhoria da qualidade de vida da população (PHILIPPI, 1999).     A qualidade de vida pode ser definida como a satisfação das necessidades individuais. O bem-estar provocado pela satisfação das suas necessidades definiria a qualidade de vida do indivíduo e a soma do bem-estar de todos os indivíduos constituiria a qualidade de vida da população (GOLDBAUM, 2000).     A difusão da noção de promoção das práticas alimentares saudáveis pode ser observada nas mais diversas ações políticas e estratégias relacionadas com alimentação e nutrição. Essa noção é resultante do cruzamento entre o conceito de promoção da segurança alimentar e o da promoção da saúde (SANTOS, 2005).     Aos indivíduos compete o importante papel para o total aproveitamento do valor nutricional dos alimentos e sua conduta é a de escolher entre os alimentos, aqueles que contemplem todos os significados e/ou valores em seus diferentes períodos de vida.     Segundo Santos (2005) “o papel da educação alimentar e nutricional está vinculado à produção de informações que sirvam como subsídios para auxiliar a tomada de decisões dos indivíduos que outrora foram culpabilizados por sua ignorância, sendo posteriormente vítimas da organização social capitalista, e se tornam agora providos de direitos e são convocados a ampliar o seu poder de escolha e decisão”.     O comportamento alimentar de um indivíduo corresponde não apenas aos chamados hábitos alimentares como também a todas as práticas relativas à alimentação desse indivíduo, como seleção, aquisição, conservação, preparo e consumo efetivo dos alimentos. O comportamento alimentar é determinado por três componentes que devem ser investigados (MOTTA; BOOG, 1984): 
Cognitivo: refere-se àquilo que o indivíduo sabe sobre alimentos e nutrição que pode influenciar, em maior ou menor grau, seu comportamento alimentar. Quando há falta de conhecimentos corretos de nutrição, as pessoas podem ser influenciadas pelas tradições, crenças, mitos, tabus, propagandas ou pela literatura informal como revistas e internet. Segundo Linden (2005), existem dois tipos de conhecimento sobre alimentação e nutrição: o científico e aquele não científico, sendo que ambos apresentam influência sobre o comportamento alimentar de um indivíduo e/ou população.

Afetivo: refere-se às atitudes frente aos alimentos e às práticas alimentares, que muitas vezes podem não ser positivas. Diretamente correlacionadas aos significados socioculturais dos alimentos. Representa as lembranças relacionadas ao consumo de determinados alimentos, bem como, as sensações provenientes  dessa ingestão.

Situacional: refere-se aos fatores socioeconômicos que interferem sobre a alimentação, isto é, as normas sociais e os padrões culturais, os apoios estruturais e a coerção social (MOTTA; BOOG, 1984).

     A educação alimentar e nutricional não tem por finalidade prescrever formas adequadas de se alimentar, mas sim ensinar a pensar certo a respeito da alimentação e cabe aqui destacar os significados dos alimentos, além de lembrar que os mesmos devem ser identificados para a adequada prescrição da conduta nutricional (BOOG, 2008) Os significados dos alimentos destacam-se a seguir.

a) Político econômico: Fonte de influências e domínio, controle social, produtividade;b) Psicológico: Gratificação afetiva, identificação de pessoas, objetos ou situações,vinculação;c) Biológico: Condições ambientais, crescimento e desenvolvimento, saciedade, degustação (satisfação do paladar);d) Sociocultural: Comunicação e interação (relações sociais), vinculação grupal, status, expressões.

     Paradoxalmente, nos dias atuais, existem pessoas que perdem sua vida por conta da falta da alimentação ou sofrem pela falta de nutrientes, enquanto outras estão abatidas com o problema oposto e submetem-se a dietas esgotantes e caras, inclusive a intervenções cirúrgicas, para limitar os estragos estéticos e fisiológicos causados pela superalimentação e a obesidade (SORCINELLI, 1998).     Apesar de todas as influências socioculturais, a condição exata determinante para o processo adequado de nutrição ainda está nas mãos de cada indivíduo e a consequente melhora na qualidade de sua vida. O nutricionista, portanto, é um profissional fundamental no auxílio aos indivíduos para sua educação nutricional, por promover uma reeducação, na maioria das vezes, respeitando e orientando indivíduos e coletividades sobre os aspectos nutricionais dos alimentos, considerando a importância dos fatores afetivo, cognitivo e situacional, que caracterizam o comportamento alimentar.

Gláucia Cristina Conzo
Nutricionista do SESI – Serviço Social da Indústria
Pós graduanda em Educação
Pós graduanda em Segurança Nutricional e Qualidade dos alimentos
Especialista em Saúde Coletiva pela ASBRAN
Aperfeiçoamento em Geriatria pela UNIFESP


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOOG, M.C.F. O professor e a alimentação escolar. Campinas: Editora Komedi, 2008.

GOLDBAUM, M. Qualidade de vida e saúde: além das condições de vida e saúde. Rev. Ciência & Saúde Coletiva. v. 5, n. 1, Rio de Janeiro jan./mar., 2000.

LINDEN, S. Educação nutricional: algumas ferramentas de ensino. São Paulo: Editora Varela, 2005.

MOTTA, D.G; BOOG, M.C.F.. Educação Nutricional. São Paulo: Editora IBRASA, 1984.

PHILIPPI, S.T. et al. Pirâmide alimentar adaptada: guia para escolha dos alimentos. Rev. Nutr. v. 12, n.1, Campinas jan./abr., 1999.

SANTOS, L.A.S. Educação alimentar e nutricional no contexto da promoção de práticas alimentares saudáveis. Rev. Nutr. v. 18, n.5, Campinas, set./out. 2005.

SORCINELLI, P. Alimentação e saúde. In: FLANDRIN, J.L.; M. M. História da Alimentação. São Paulo: Editora Estação Liberdade cap. 44, p.792-805, 1998.


quarta-feira, 12 de outubro de 2011

MEGA EVENTO DE NUTRIÇÃO 2011

As nutricionistas do NutriSaúde Gláucia Cristina Conzo e Vanessa Fontes Losano estiveram no Mega Evento de Nutrição 2011 para se atualizarem cada vez mais e trazerem informações novas sobre a ciência da Nutrição. Elas também apresentaram 3 trabalhos em forma de banner no congresso. Os trabalhos "Panelas: escolhas adequadas para a segurança nutricional" e "Avaliação sensorial de bolo sem ovos com uso da baba de linhaça como agente emulsificador" foram escritos pela nutricionista Gláucia C. Conzo; já o trabalho "Análise da hidratação de idosos praticantes de provas de pedestrianismo de Santos" foi escrito pela nutricionista Vanessa Fontes. Abaixo as fotos do congresso:

Nutricionista Gláucia ao lado de um dos seus trabalhos

Ao lado de seu segundo trabalho

Nutricionista Vanessa e sua pesquisa

Nutricionistas do NutriSaúde com a Dra Sibele (ao centro), organizadora do evento

domingo, 9 de outubro de 2011

ATENTE-SE ÀS NORMATIZAÇÕES DA ÁREA DE NUTRIÇÃO


É importante que o Nutricionista e Técnico em Nutrição estejam atentos às determinações estabelecidas pelas Legislações, Resoluções e Portarias, que apresentam padrões que devem ser atendidos nas diversas áreas de atuação destes profissionais. Por conta da importância dessas normatizações, o Grupo NutriSaúde fez uma seleção para que você se mantenha atualizado.

CÓDIGO DE ÉTICA DA PROFISSÃO

- Nutricionistas: Resolução CFN nº 334/2004 e 399/2007
Dispõe sobre o código de ética do nutricionista e dá outras providências.
Disponível em:

- Técnicos em Nutrição e Dietética – Resolução CFN nº 333/2004 e 389/2006
Dispõe sobre o Código de Ética Profissional dos Técnicos em Nutrição e Dietética e dá outras providências.
Disponível em:


ATIVIDADES POR ÁREA DE TRABALHO

- Nutricionistas: Resolução CFN nº 380/2005
Dispõe sobre a definição das áreas de atuação do nutricionista e suas atribuições, estabelece parâmetros numéricos de referência por área de atuação e dá outras providências.
Disponível em:


- Técnicos em Nutrição e Dietética: Resolução CFN nº 312/2004
Altera a Resolução CFN n° 227, de 1999, que trata do registro e fiscalização profissional de Técnicos e dá outras providências.
Disponível em:

RESPONSABILIDADE TÉCNICA

- Resolução CFN nº 419/2008
Dispõe sobre critérios para assunção de responsabilidade técnica no exercício das atividades do nutricionista e dá outras providências.
Disponível em:

NUTRIÇÃO CLÍNICA

- RDC nº 63 de 06 de julho de 2000
Regulamento Técnico para a Terapia de Nutrição Enteral
Disponível em:

- Portaria MS/SNVS nº 272, de 8 abril de 1998
Regulamento Técnico para Terapia de Nutrição Parenteral
Disponível em:

- RDC nº 283 de 26 de setembro de 2005
Regulamento técnico para o funcionamento das Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI).
Disponível em:

- Portaria nº 40 de 13 de janeiro de 1998
Regulamento que estabelece normas para níveis de dosagens diárias de vitaminas e minerais em medicamentos
Disponível em:

- Dietary Reference Intakes (Recomendações de ingestão Diária)

Fique atento – novas recomendações de cálcio e vitamina D

- Fitoterápicos: Resolução CFN nº 402/2007
Regulamenta a prescrição fitoterápica pelo nutricionista de plantas in natura frescas, ou como droga vegetal nas suas diferentes formas farmacêuticas, e dá outras providências.
Disponível em:

- Instrução Normativa nº 05 de 11 de dezembro de 1008
Determina a publicação da lista de medicamentos fitoterápicos de registro simplificado.
Disponível em:

- Exames laboratoriais: Resolução CFN nº 306/2003
Dispõe sobre solicitação de exames laboratoriais na área de Nutrição, revoga a Resolução CFN nº 236 de 2000 e dá outras providências.
Disponível em:

- Prescrição dietética: Resolução CFN nº 304/2003
Dispõe sobre critérios para prescrição dietética na área de nutrição clínica e dá outras providências.
Disponível em:


ALIMENTAÇÃO COLETIVA

- Cartilhas sobre Boas Práticas para Serviços de Alimentação (ANVISA)
Disponível em:

- RDC 216 de 15 de setembro de 2004
Dispõe sobre regulamento técnico de boas práticas para serviços de alimentação.
Disponível em:

- Portaria CVS 06 de 10 de março de 1999
Regulamento técnico sobre os parâmetros e critérios para o controle higiênico-sanitário em estabelecimentos de alimentos
Disponível em:

- Portaria CVS 18 de 09 de setembro de 2008
Alteração do Item 4 e 16 (16.3) da Portaria CVS 06 de 1999.
Disponível em:

- Portaria 1210 de 2006 (Município de São Paulo)
Regulamento técnico de boas práticas na produção de alimentos
Disponível em:

- Portaria CVS 15 de 07 de novembro de 1991
Transporte de alimentos
Disponível em:

- Portaria SVS/MS nº 326 de 30 de julho de 1997
Regulamento Técnico sobre as condições higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para estabelecimentos Produtores/Industrializadores de alimentos
Disponível em:




ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

- Resolução CFN nº 465/2010
Dispõe sobre as atribuições do nutricionista, estabelece parâmetros numéricos mínimos de referência no âmbito do Programa de Alimentação Escolar (PAE) e dá outras providências.
Disponível em:

- Resolução CD/FNDE nº 38 de 16 de julho de 2009
Dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar aos alunos da educação básica no Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE.
Disponível em:

- Resolução CD/FNDE nº 42 de 10 de agosto de 2009
Altera o valor per capita para oferta da alimentação escolar nas creches participantes do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE
Disponível em:

- Resolução CD/FNDE nº 67 de 28 de dezembro de 2009.
Altera o valor per capita para oferta da alimentação escolar do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE.
Disponível em:


ROTULAGEM DE ALIMENTOS

- RDC nº 269, de 22 de setembro de 2005
Regulamento Técnico sobre a Ingestão Diária Recomendada (IDR) de Proteína, Vitaminas e Minerais.
Disponível em:


- Informe Técnico nº. 36, de 27 de junho de 2008
Orientações sobre a declaração da informação nutricional em alimentos para fins especiais e outras categorias específicas
Disponível em:


- RDC n.º 2, de 7 de janeiro de 2002
Regulamento Técnico de Substâncias Bioativas e probióticos isolados com alegação de Propriedades Funcional e ou de saúde
Disponível em:

- RDC nº 359 de 23 de dezembro de 2003
Regulamento técnico de porções de alimentos embalados para fins de Rotulagem Nutricional
Disponível em:

- RDC nº 360 de 23 de dezembro de 2003
Regulamento técnico sobre rotulagem nutricional de alimentos embalados
Disponível em:

- Portaria nº 27 de 13 de janeiro de 1998
Regulamento técnico referente a Informação Nutricional Complementar
Disponível em:

- RDC nº 40 de 8 de fevereiro de 2002
Regulamento técnico para rotulagem de alimentos e bebidas embalados que contenham glúten.
Disponível em:


REGISTRO/CADASTRO PESSOAS JURÍDICAS NOS CONSELHOS REGIONAIS DE NUTRICIONISTAS

- Resolução CFN nº 378/2005
Dispõe sobre o registro e cadastro de Pessoas Jurídicas nos Conselhos Regionais de Nutricionistas e dá outras providências.
Disponível em:

Karina Nunes de Simas
Nutricionista
Mestre em Ciência de Alimentos – UFSC
Pós graduanda em Nutrição Clínica Funcional